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sexta-feira, abril 25, 2014

Acordai

Cantamos mas não acordamos
Lamentamos o passado continuamente
Criticamos mas não agimos
Somos organizados no protesto
Permanecemos inertes na acção

Continuamos à espera que tudo caia do céu
Queremos dinheiro para gastar
Mesmo sem pensar em produzir ou criar
Achamos que alguém tem de nos sustentar
E esquecemos que temos de trabalhar

Procuramos empregos que não existem
Desprezamos trabalho irregular
Queremos bem-estar
Mas nada fazemos para o melhorar
Somos eficazes em reclamar

Reclamar bons ordenados
Reclamar bons serviços de saúde
Reclamar bons estabelecimentos de educação
Reclamar casas que não podemos pagar
Antes de pensar em trabalhar

Ajudamos a criar monopólios
Facilitamos as suas estratégias de prosperar
Comprando a quem nos explora
Em vez dos pequenos negócios ajudar
Para a concorrência melhorar

Protestamos mas continuamos a votar
Em quem não nos respeita
Em quem nos continua a roubar
Em quem nos pôe na miséria
Em quem nos destroi a estrutura do país

Não entendemos que temos de produzir
Pensamos que as couves nascem nos supermercados
A inovação não é exclusivo dos chineses
Paremos de importar alimentos, roupas e carros
Devemos produzir o que vamos precisar

Criemos pequenos negócios
Instalemos pequenas fábricas
Façamos parcerias de conhecimento e fusão de competências
Para novos produtos e serviços dispensar
E com os monopólios acabar


Alfredo Simões
Consultor de Marketing e Informática

quarta-feira, março 26, 2014

Falar com a MEO / M4O ou tocar burros

Na geração anterior ouvíamos pessoas dizer que começaram a trabalhar com 10 anos ou 12 anos... A mim com 6 anos tocou-me uma tarefa importante que eu fazia com agrado e que nem sequer considerava trabalho. O meu pai punha-me sentado lá na quinta, entre o tanque da água da rega e o poço com a incumbência de dar uma chibatada à burra, que estava atrelada à nora, cada vez que ela passava para que não parasse e tanque da rega ficasse cheio.

Ainda hoje, estive a dar chibatadas em pessoas que estão no atendimento da MEO para que me creditem valores que me estão a roubar.

Fiz um contrato que foi activado em 10/12/2013 por 79,99 € mensais, incluindo televisão, internet, telefone e dois telemóveis (M4O) e que substituiram os contratos anteriores tal como foi proposto pela PT.

Pois em Janeiro facturaram-me 95,29 €, em Fevereiro 114,12 € e em Março 121,13 €. Agora dizem-me que o contrato que eu tinha da Telepac só foi anulado em Março. Mas o contrato da TMN foi acertado ao dia, dia esse em que recebi a SMS avisando que já estava no M4O.

Têm-me estado a cobrar a internet em duplicado, como se a telepac e a MEO não pertencesse tudo ao monopólio da Portugal Telecom que se apropriou das infra-estruturas de comunicações do país. Como se eu estivesse a usar dois acessos à internet ao mesmo tempo. E preciso lata, descaramento e muita falta de ética.

Já não me dá prazer tocar burros tal como fazia quando tinha seis anos.


....

A sua reclamação foi registada com sucesso com o número 514578.
Dentro de momentos receberá no email que nos indicou uma comunicação da ANACOM com a cópia da sua reclamação.

quarta-feira, novembro 06, 2013

Resposta ao convite para baptizado

Prezados amigos,

Agradeço o vosso convite para participar no baptizado da vossa linda filha.

Vocês nunca se esquecem de mim. Vocês foram os únicos amigos que vieram visitar-me nesta nova morada desde que fui forçado a vir para cá viver.

Infelizmente ainda nem tive oportunidade de ir conhecer a vossa filha mas não posso aceitar o vosso convite porque a minha situação actual não me permite.

Muitas pessoas têm dificuldade em entender a minha situação actual, mas o ditado popular diz que "Quem está no convento é que sabe o que lá vai dentro".

Como sabem sempre tive uma vida boa e trabalhei para acumular algum património com o objectivo de ter uma reforma com qualidade. Tinha planeado viver num andar com vista de mar e ter uma casa de férias para passar os tempos de lazer. Consegui todos os requisitos para que isso viesse a acontecer.

Infelizmente aquele acidente que tive e a crise financeira em que o país caiu destruíram-me os planos:

  • Depois do acidente estive nove meses sem trabalhar e nem a baixa médica me pagaram, porque tinha mudado de entidade patronal há menos de um ano;
  • Tive de vender a loja que tinha para pagar algumas das dívidas acumuladas durante esses nove meses;
  • Aluguei o andar com vista de mar para garantir um rendimento que me permitisse pagar os compromissos assumidos e a casa de férias tornou-se na minha residência permanente;
  • Depois das duas operações a que fui sujeito evidenciou-se em mim uma doença crónica que tenho controlada através de uma alimentação saudável mas que me tem dificultado a vida;
  • Tinha planeado reformar-me aos 55 anos e viver tranquilamente dos largos descontos que fiz para a segurança social durante a minha carreira profissional. Devido à situação do país, as reformas antecipadas estão congeladas e esse dinheiro está a ser usado para pagar aos especuladores sem escrúpulos que estão a sugar a vida aos portugueses com constantes novos impostos.
Tenho investido no marketing digital e tem sido através do site institucional e da loja online que tenho sobrevivido, encontrando novos clientes em todo o país que me têm ajudado a pagar os meus impostos e as minhas dívidas. 

Vocês foram os únicos amigos que compraram dos produtos que vendo. Aqui nesta terra não tenho vendido muito porque aqui as pessoas não gostam de se ajudarem umas às outras. Preferem dar dinheiro a ganhar a desconhecidos e a monopólios em vez de ajudarem os amigos e a gente da sua terra. Talvez por isso cada vez mais a população esteja a diminuir por aqui.

Estar presente no baptizado da vossa filha também seria uma oportunidade de confraternizar convosco e encontrar outros amigos que nunca mais me procuraram desde que para aqui vim, mas neste momento tenho de dar prioridade aos meus compromissos de honra.

Hoje é domingo e estou a trabalhar para um cliente que confia nos meus serviços para manter a face erguida e tentar não faltar aos compromissos. Qual 40 horas? Serão as que forem necessárias enquanto a saúde o permitir.

Actualmente, a minha vida não está para essas coisas e o dinheiro que se ganha mal chega para sustentar a corja de ladrões instalada neste país. Já nem consigo arranjar uma namorada pois quando elas percebem que mal consigo ganhar para sustentar essa seita, fogem logo.

Mais uma vez, agradeço muito o vosso convite, a minha casa está sempre à vossa disposição para quando quiserem cá aparecer, seja para uma visita pontual, um fim de semana ou umas férias no campo. Tenho cá onde dormir.

Desejo-vos que tenham com a vossa filha um dia de muita felicidade e que esse dia seja o início de uma vida cheia de Graças a Deus.

Desculpem o realismo da minha inspiração. Talvez a minha resposta pareça um desabafo. Mas afinal, para que servem os bons amigos?

Cumprimentos a toda a família.
Abraços e beijos

Alfredo Simões

P.S.
Isto era o que estava a pensar responder aos meus amigos mas eles não me deixaram. Querem-me no baptizado da filha de qualquer maneira...

terça-feira, setembro 10, 2013

Em quem devo votar

- Em quem devo votar?
- Em que partido devo votar?
- Não sei em quem votar
- Não vou votar porque são todos iguais
- Não vale a pena perder tempo a votar
- Vou votar mas voto nulo ou abstenção

Se já disseste uma destas frases, garanto-te que não estás só. 
A maioria dos portugueses poderá estar nesta situação.

Mas o teu grau de satisfação com a situação do país talvez não seja bom:

  • Talvez sejas um pequeno empresário a lutar por manter o teu negócio;
  • Talvez sejas um empresário insolvente a caminho da falência;
  • Talvez a tua empresa esteja a ser prejudicada pela concorrência desonesta dos monopólios;
  • Talvez o teu rendimento não chegue para pagar a renda da casa e a comida dos teus filhos;
  • Talvez sejas jovem e não consigas encontrar o teu primeiro emprego;
  • Talvez estejas no desemprego há muito tempo e não vejas uma luz ao fim do túnel;
  • Talvez tenhas tido de emigrar para dar comida aos teus filhos;
  • Talvez tenhas trabalhado uma vida inteira para teres uma reforma e agora não te a dão;
  • Talvez já estejas na reforma e agora te estejam gradualmente a roubá-la...

Se já  votaste em todos os partidos do arco da governação talvez estejas a pensar:

  • Desistir de voltar a votar.
  • Votar em branco

NÃO FAÇAS ISSO.

Quando não votas estás a beneficiar a corja instalada, os ladrões de reformas, os confiscadores de impostos, os espoliadores do património nacional que:

  • Cortam em tudo menos nas suas mordomias;
  • Que matam o teu negócio privilegiando os monopólios;
  • Que te baixam o salário até passares fome;
  • Que te impossibilitam de teres a reforma para a qual descontaste durante anos;
  • Que te roubam a mísera reforma que já recebes;
  • Que te fazem pagar impostos até perderes a tua propriedade privada;
  • Que se passeiam por todo o lado usando o dinheiro dos teus impostos...
Se pensas que todos os partidos estão repletos de ladrões, talvez possas ter razão.
Mas se queres que a situação mude tens de fazer algo diferente.

A única maneira de mudar esta situação é votar num partido que nunca tenha estado no poder (a) ou que tenha um percentagem baixa de deputados, um qualquer, mesmo que seja sem convicção, porque a abstenção ajuda os partidos que têm destruído este país desde o 25 de Abril a manterem-se no poder. 

Mesmo que estejas a votar em ladrões estás a mudar o destino da riqueza do país. Todos os partidos têm um círculo de protegidos à sua volta. 
Ao votar noutro partido estás a direccionar a riqueza para outras pessoas.

Cuidado com as coligações fantasma e os independentes mascarados que andam por aí para enganar o Zé Povinho...

É preciso correr com esta corja. Sai de casa e vai votar. Vota pela mudança.

...

(a) Partidos que estiveram no poder desde o 25 de Abril:

  • CDS/PP
  • PSD
  • PPM
  • PS
  • PCP (durante o PREC)

quarta-feira, setembro 04, 2013

Como posicionar Portugal

Numa perspectiva de marketing, a escolha dos alvos para um país é idêntica aquela que fazem as empresas, ou seja, a escolha dos segmentos de mercado que querem alvejar.

Não basta apregoar que temos de aumentar as exportações. Temos de conhecer os segmentos potenciadores de geração de PIB. Só assim algum dia conseguiremos livrar-nos da deplorável situação que vivemos no nosso país causada pela dívida soberana criada pelos sucessivos maus governantes que temos tido.

Não podemos continuar a cortar nos custos até matar toda a gente à fome. Temos de nos focalizar na geração de receitas.

Após seleccionados os alvos e constituídos os segmentos a trabalhar é necessário estabelecer um posicionamento.

O posicionamento é a maneira como queremos ser vistos pelo mercado e como nos mostramos ao nosso mercado. Um país, tal como uma empresa, também tem de estabelecer um posicionamento.

Se queremos ser bem vistos pelos povos nórdicos temos de nos empenhar numa campanha de comunicação que apague das suas cabeças de que somos um país de preguiçosos que vive à custa dos subsídios da União Europeia, para os quais os povos nórdicos maioritariamente contribuem.

Temos de nos posicionar como um povo orgulhoso da sua nação, com princípios de ética e honestidade. Só assim os nossos turistas visitantes, maioritariamente oriundos do Reino Unido, de França, da Alemanha e da Holanda, poderão acreditar em nós e contribuir para o aumento do nosso PIB e consequente diminuição do nosso défice.

Como tal temos de deixar de ter presidentes incoerentes, governantes mentirosos, ministros sem carácter, políticos oportunistas, comerciantes desonestos e trabalhadores sem ambições.

Existem sectores com grande potencial de desenvolvimento, nomeadamente o desenvolvimento da agricultura biológica, o crescimento da pequena hotelaria constituída por residenciais familiares e alojamentos locais no ambiente rural, a melhoria do sector da restauração, a produção de carne alentejana de qualidade a partir de animais sãos criados em pastagens saudáveis, a comercialização interna e externa de peixes e mariscos únicos no nosso país.

Torna-se necessário acabar com monopólios e intermediários desonestos para fomentar a concorrência e a iniciativa de empresários empreendedores individuais com capacidade de inovação. Só assim se combaterá o flagelo do desemprego. É necessário estabelecer isenções temporárias de IRC para a criação de novas empresas e a diminuição do referido imposto para as pequenas empresas de modo a que possam pagar melhores ordenados para terem os seus colaboradores motivados e fomentarem o aumento da procura interna.

Precisamos de trabalhadores criativos que não estejam à espera de acabar um contrato para cair de novo no descanso do subsídio de desemprego ou do subsídio extraordinário complementar. Precisamos de aumentar o número de empresários individuais e precisamos de aprender a melhorar a nossa capacidade de vender os nossos serviços com formação nesta área.

Temos de mostrar que não somos um país de loucos que construiu um aeroporto em Beja e que a seguir interrompeu a construção da auto-estrada que o ia servir. Temos de apostar no desenvolvimento do Alentejo e do seu turismo rural com a criação de alojamentos locais nas casas devolutas existentes nas aldeias de modo a parar com a desertificação destes locais.

Precisamos de pequenos alojamentos hoteleiros modernizados com disponibilidade de acesso às novas tecnologias da internet onde as redes wireless são um factor crítico de sucesso.

Precisamos de atendimento personalizado nos nossos alojamentos turísticos onde o conhecimento no mínimo da língua inglesa é indispensável. É necessário incentivar a aprendizagem da língua inglesa junto dos pequenos empresários.

Precisamos de linhas ferroviárias que liguem os aeroportos entre si e que percorram as planícies e vales que tanta beleza dão ao nosso país. Temos de desenvolver um turismo ferroviário que vai permitir diminuir a sazonalidade de visitantes no nosso país e voltar a dar vida às localidades do interior.

Precisamos de descobrir atracções únicas que criem diferenciação para as nossas vilas e aldeias, sejam elas de origem natural ou monumental, sejam elas baseadas na sua capacidade de alojamento ou em actividades de artesanato local.

Precisamos de comerciantes honestos que não ignorem o programa certificado de facturação obrigatoriamente instalado com base na legislação, que não mantenham a gaveta aberta para guardar o dinheiro sem registar as transacções, que não usem caixas de dinheiro alternativas debaixo do balcão ou que não cancelem a venda na fase final depois do valor ter sido apresentado no visor de cliente, com o objectivo de fugir ao IVA.

Estes comerciantes criam um posicionamento mau para o país, pois nos países desenvolvidos da Europa não existe este tipo de atitude de roubar os impostos que outros cidadãos estão a pagar, não os entregando ao Estado. A maneira mais óbvia de castigar estas atitudes é não comprar a comerciantes sem escrúpulos.

É urgente criarmos um posicionamento adequado para Portugal e para todos os portugueses para podermos sair rapidamente desta angustiante atitude de pobrezinhos da Europa.

É necessário investir numa campanha de comunicação adequada nos meios que integram o serviço público de rádio e televisão patrocinada por governantes patrióticos e honestos.


Alfredo Simões
Consultor de Marketing e Informática